Rory Gallagher

Postado por Renan Tambarussi quinta-feira, 25 de abril de 2013 0 comentários


Nascido em 1948 na Irlanda, Rory Gallagher foi um dos guitarristas mais expressivos e talentosos da história do Rock. Dono de uma voz marcante e um timbre fantástico na guitarra, lançou em 1971 seu primeiro álbum solo, alcançando um status muito bom no cenário roqueiro da época. Eu já ouvi muita coisa boa do músico, mas nenhum outro disco me tocou tanto como Tattoo  de 1973, nem mesmo o épico Irish Tour 74

Influência óbvia do Blues, Gallagher sem dúvidas foi um dos guitarristas que mais bem representou o Blues - Rock. Com seu jeito louco de tocar, sua Fender Stratocaster sentia cada nota tocada, cada vibrato, bend e grito que seus fãs davam, o êxtase de ver em palco uma lenda. 

Depois de 16 álbuns gravados e o nome na história, Rory Gallagher faleceu em 14 de junho de 1995 por uma infecção hospitalar.


Ouça esse clássico incrível :

Brazilian Bands - Banda Filhos de Porteiro

Postado por Renan Tambarussi quarta-feira, 24 de abril de 2013 0 comentários

Conforme o combinado, temos mais uma banda em nosso Brazilian Bands, que a partir desse mês de abril tem sempre trazido boas novidades às quartas-feiras. E mais uma vez temos um grupo do Rio de Janeiro, nossa Cidade Maravilhosa! E como um bom carioca, eles foram bem irreverentes ao nomearem a banda de Filhos de Porteiro.


A Filhos de Porteiro é uma banda recente, que surgiu no Recreio dos Bandeirantes, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo os integrantes, o nome surgiu por conta de uma zoação a um grupo de amigos deles, que por andarem mal vestidos pelas ruas, receberam o apelido. O novo vocalista da FDP (abreviação dada à banda),não se conformava com o nome tosco que o grupo tinha e chegou até a pensar em escolher algo mais sério, porém, a nomenclatura permaneceu e foi atribuído um novo significado aos Filhos de Porteiro: 

FDP seria uma homenagem aos filhos de porteiro que são crianças pobres que nascem em um meio rico. Isso é muito errado pois todos deveríam ter acesso aos mesmos bens.
                                                (João Pedro Bastos)


A Filhos de Porteiro tem como influência principal o punk rock, mas o vocalista do conjunto carioca afirmou que eles são bastante ecléticos e tocam qualquer estilo relacionado ao rock. Na formação da FDP, além de João Pedro Bastos (vocalista), tem os integrantes Davio Figueiredo (guitarrista), Pedro Torres (baixista) e Eduardo Bastos, (baterista) que é irmão do frontman da banda.

Filhos de Porteiro - É Gol  

ENDEREÇOS SOCIAIS:

        




Segredos Musicais – One (Metallica)

Postado por Renan Tambarussi terça-feira, 23 de abril de 2013 0 comentários


Muito se engana quem diz que as músicas do Metallica, assim como de outras bandas de Heavy Metal, não passam de gritos ensurdecedores, que causam dor de cabeça. “One” é um entre tantos exemplos de canções que mostram que o gênero pode andar de mãos dadas com a história e a filosofia, carregando consigo muito conteúdo, além de arranjos magníficos. Hoje, ela é o tema do quadro Segredos Musicais.



A música, que é faixa do álbum “... And Justice For All”, foi inspirada no livro “Johnny Got His Gun”, de Dalton Trumbo. A obra conta a história de Joe Bonham, um soldado que teve o corpo dilacerado por uma explosão durante a 1ª Guerra Mundial. Sem pernas, braços e boa parte de seu rosto, Joe não conseguia mais se comunicar com o mundo exterior, embora seu cérebro esteja intacto e, por isso, consiga pensar e raciocinar com clareza. Um ano depois, o próprio autor dirigiu a adaptação para o cinema (no Brasil, intitulada “Johnny Vai à Guerra”), da qual foram retiradas várias cenas para a construção do videoclipe de “One”. 



O VHS de lançamento, “Metallica: 2 of One”, de 1989, continha as duas versões do clipe e uma entrevista de cinco minutos com Lars Ulrich, dizendo que o objetivo de James Hetfield, ao compôr a música, era mostrar um ser humano vivendo em total isolamento — uma mente sadia, aprisionada dentro de seu corpo, sem possibilidade de comunicação com o mundo exterior. Vale a pena abrir aqui um parênteses que nos permitirá navegar um pouco no oceano da Filosofia.


Há quase 400 anos, o tema mostrando pelo Metallica serviu como base para a criação da mais famosa frase da história da Filosofia, de René Descartes: “Penso, logo existo”. René escreveu um texto chamado “Discurso Sobre o Método”, no qual questiona “como podemos saber se o mundo que percebemos através de nossos sentidos realmente existe? Como diferenciar 'coisas reais' de coisas que são sonhos ou pensamentos? Como confiar nos nossos sentidos?”. O filósofo respondeu tais perguntas imaginando o exercício de se desapegar de todos os seus sentidos, como ele mesmo disse:

“Considerando que todos os pensamentos que temos quando estamos acordados também podem nos ocorrer quando dormimos, sem que nenhum deles, naquele momento, seja verdadeiro, eu resolvi fingir que todas as coisas que já entraram em minha mente não era mais verdadeiras do que as ilusões dos meus sonhos” (Discurso Sobre o Método)

Desta forma, Descartes se transformou em alguém igual ao personagem de “One”: uma pessoa que não tem mais os sentidos sensoriais para interagir com o mundo exterior; alguém que tem apenas sua mente. Sem nenhuma informação vinda de fora, sem nenhum pensamento que possa ser construído em cima de algo percebido pelos sentidos, o que resta? Quase nada, além de uma certeza, que é a de que a pessoa que está fazendo todas essas perguntas existe. Afinal de contas, para duvidar de tudo isso, deve haver algo que duvide de tudo. Assim, surgiu o primeiro princípio da Filosofia: “Penso, logo existo”.

Fechando o parênteses e voltando a falar sobre a canção, sabe-se que ela foi a primeira da banda a ganhar um vídeo. Dirigido por Boll Pope e Salomon Michael, ele estreou na MTV em janeiro de 1989. O videoclipe foi filmado em Long Beach, Califórnia, e apresenta a banda tocando a música em uma espécie de armazém, além das cenas do filme citadas anteriormente. Ele foi classificado em 38º no Rock in the Net: MTV: 100 Greatest Music Videos e alcançou a primeira colocação no Fuse's No. 1 Countdown: Rock and Roll Hall of Fame Special Edition.

Ao longo dos primeiros segundos da canção, há uma série de efeitos sonoros com um tema de batalha, uma barragem de artilharia e pode-se ouvir helicópteros, até que é iniciado, de forma lenta e gradativa, um solo de guitarra. A música vai acelerando após a entrada da bateria que, em certo momento, simula rajadas de metralhadora. “One” está na lista de itens que não podem faltar no setlist do Metallica. Após a pirotecnia e aos sons de guerra, “One” termina com uma sequência brutal: “has taken my sight, taken my speech, taken my hearing, taken my arms, taken my legs, taken my soul, left me with life in hell”. No vídeo, é neste momento que os médicos percebem que Joe ainda pensa, ou seja, existe. Confira:







God is dead. Mas o Sabbath não!

Postado por Renan Tambarussi segunda-feira, 22 de abril de 2013 0 comentários



   Eis que finalmente o Sabbath libera seu single "God is Dead?" na última semana. Logo que acabei de escutar a música eu queria de imediato postar as minhas impressões. Porém, segurando a emoção e analisando que eu ainda precisava ouvir a opinião do público, dos amigos e ouvir repetidamente tal obra, preferi deixar pra depois este breve trabalho.

   Uma coisa é certa. Me arrependi por ter esperado a rasteira e risível opinião popular. Coisas como "Você quer ouvir heavy metal britânico de verdade? Ouça 'Temper Temper' do Bullet of My Valentine". Essa pequena frase já me aborrece pelos erros de categoria que apresenta, e ainda por cima possui uma inverdade bastante questionável. Algumas pessoas realmente estavam pensando que o Black Sabbath voltaria fazendo alguma tipo de Metalcore xexelento?

  De fato a única mudança que eu esperei aconteceu, que foi a qualidade da produção proporcionada pela evolução da tecnologia do ramo musical. Não existe mais aquele som abafado, por vezes "abelhudo" da década de 70.

   Em contrapartida ao fulaninho autor da célebre colocação ali em cima, alguns admiradores como eu puderam notar que os tiozões do Sabbath não perderam nada da pegada do passado. Conseguiram em quase 9 minutos mostrar ao mundo que o peso provocativo característico deles ainda está lá. Não é preciso riffs executados na velocidade de uma bala disparada por um fuzil para fazer de uma música algo pesado. É preciso na verdade ser sábio o bastante pra criar a atmosfera negra que o público deseja.

   Agora, eu percebo que o "Heaven & Hell", pelo menos por este tempo, me aparece como um esboço do que é o Sabbath hoje apresentado nesse "God is Dead?". Os riffes do Iommi e o baixo do Geezer Butler são executados de forma que me fazem retornar à este trabalho, que, diga-se de passagem, é formidável.

   Somente nos resta esperar sair o muito esperado "13".

Clipe da Semana - I'm Shakin' (Jack White)

Postado por Renan Tambarussi domingo, 21 de abril de 2013 0 comentários


Que tal um blues nesse final de domingo? Trazemos em nossa publicação uma excelente música do gênero, criada pelo compositor Rudy Toombs, cantado por Little Willie John e regravado por Jack White. I'm Shakin'... esse é o nosso Clipe da Semana!

Brazilian Bands - Banda Lóks

Postado por Renan Tambarussi sábado, 20 de abril de 2013 0 comentários

Ao longo desse mês, nós temos recebido vários pedidos de bandas para serem divulgadas aqui no Brazilian Bands, dessa forma nosso quadro anda bem rechado de boas novidades. Hoje não vai ser diferente! Temos mais uma banda que entrará para o histórico do Brazilian Bands. É a banda Loks

Vocês não sabem? Conheçam um pouco agora!

A banda Lóks surgiu em 2012 e é mais uma banda carioca a colocar sua marca aqui na Comissão do Rock, que tem presença marcada no cenário independente da região. Isso porque a banda já lançou o seu primeiro EP, que tem esse título mesmo que vocês viram na imagem: Quem São Eles Que Você Diz Não Saber Quem São?

A banda é formada pelos integrantes Daniel Exposto (baixo e vocais), Rodrigo Sampaio (guitarras e vocais), Daniel "Tsunami" Aragão (bateria) e Lucas Knup (guitarras). Juntos eles apresentam um som "que carrega o lirismo britânico com o peso do alternativo americano", através de suas influências versáteis, transitando entre composições diretas e subjetivas.

Essa descrição pode parecer meio complicada de se mensurar, mas música a gente só entende quando ouve. Então vejam como a banda se comporta na prática, ouvindo a faixa a seguir:




ENDEREÇOS SOCIAIS

         

Download do EP. 








Novo álbum de Paul McCartney e shows no Brasil: o que esperar?

Postado por Renan Tambarussi quinta-feira, 18 de abril de 2013 0 comentários



Após uma série de especulações, as apresentações de Sir Paul McCartney no Brasil foram confirmadas. Seguindo a ideia de tocar em estados nos quais ainda não pisou, desta vez o músico estará em Minas Gerais, Goiás e no Ceará. O palco da estéria mundial da nova turnê de McCartney, “Out There”, estará na capital mineira. Pela primeira vez, uma cidade da América do Sul será o ponto de início de uma turnê do músico.  

Em Belo Horizonte, ele terá motivos de sobra para comemorar: os 50 anos do primeiro álbum dos Beatles e as quarto décadas de “Band On The Run”, que foi um marco na banda que formou após o fim do quarteto de Liverpool, os Wings. Certamente, essas datas influenciarão no setlist. Apesar de o próprio McCartney já ter afirmado que uma mudança é difícil, pois existem músicas que não podem ficar de fora, acredito que ele irá surpreender os fãs na escolha do repertório. 


O nome do britânico não sai da boca do povo. Nos últimos dias, surgiram diversas afirmações a respeito do novo disco de Paul McCartney e algumas delas foram desmentidas. O que povoou inúmeras páginas foi a notícia sobre as supostas referências que estariam presentes no álbum. Diferentes fontes diziam que a inspiração do beatle se baseava a nomes consagrados no universo musical como Bruce Springsteen, Eric Clapton e Nirvana, incluindo o funk carioca. Bastou a palavra “funk” dividir espaço com McCartney em uma mesma matéria para pessoas surgirem com pedras na mão, o criticando acidamente.  

Vale a pena abrir um parênteses a respeito das críticas: considerando que ele é um músico com meio século de experiência, creio que devemos esperar e ouvir. Verdade ou mentira, se McCartney resolveu beber na fonte do “batidão carioca”, no mínimo, deve ter feito uma boa pesquisa sobre o gênero. Existe muita coisa ruim no funk? Existe. Ainda mais hoje em dia, o gênero deixou de representar a realidade das comunidades do Rio de Janeiro para fazer apologia ao sexo há tempos, pelo menos é o que acha a mortal que vos escreve. Mas quem foi que disse que não há algo proveitoso que possa ser extraído dele?  

O porta-voz do músico afirmou que as informações que estão circulando na rede são falsas, assim como uma lista com músicas que fariam parte do disco. Entretanto, dentre os nomes das possíveis faixas, “Hosanna” pode ser, de fato, uma das novas músicas de McCartney, ela foi mencionado por Mark Ronson, que está trabalhando na produção do álbum. Duas músicas da falsa lista apresentam artistas convidados: “Down the Road” teria a participação de Dave Grohl, Pat Smear e Krist Novoselic, ex-membros do Nirvana; e “Eye Of The Storm” seria fruto de uma parceria com Springsteen.

Entre boatos e verdades, afirmações e fatos desmentidos, há um nome que aparece há anos em listas falsas de músicas de McCartney: “Blue Skies”. Seu último disco solo foi “Kisses On The Bottom”, que saiu no ano passado. O britânico voltará ao Brasil em maio, com a turnê “Out there”. Estão confirmadas apresentações em Belo Horizonte (Mineirão), Goiânia (Estádio do Serra Dourada) e Fortaleza (Castelão), nos dias 4, 6 e 9, respectivamente.  




Segredos Musicais - Músicas Invertidas (Backmasking)

Postado por Renan Tambarussi quarta-feira, 17 de abril de 2013 0 comentários

Reza a lenda, que existe uma porção de músicas que, se ouvidas de trás para a frente, apresentam algumas "mensagens subliminares". Neste post e em outras edições do quadro Segredos Musicais, mostraremos alguns casos famosos de músicas que se destacaram por apresentarem uma mensagem escondida. Também iremos explicar como funciona essa arte chamada Backmasking



Seria mera coincidência o fato das músicas ganharem um novo significado com a inversão das faixas? Será que o reposicionamento dessas possibilitaria a geração de novas palavras que criassem um novo tipo de interpretação ou isso seria algo premeditado pela banda? 

Quem escolheu a última opção, acertou. As bandas planejam a mensagem que ficará evidente se a música for alterada. O nome dessa prática é backmasking, palavra essa que se traduzida literalmente, significa "mascaramento reverso". Veja a explicação do funcionamento dessa técnica, nesse texto do Wikipédia

O Backmasking (...) é uma técnica sonora a qual, antes da era digital, os sons eram gravados normalmente enquanto a fita a ser gravada (i.e somente as específicas faixas gravadas para este efeito, em um gravador de multi-canais) corria ao contrário na direção (normal) da "cabeça" do gravador, sendo fisicamente editada, depois, para ser unida (cortada e colada) e tocada normalmente ao contrário, junto as outras faixas da música que correm na direção normal. Com gravadores modernos, digitais, o processo é facilitado, sem precisar cortar e colar a fita junto a outras. Tudo é feito digitalmente


Backmasking como mensagem oculta

Os Beatles foram a banda que ajudaram a popularizar o Backmasking, na década de 50. John Lennon resolveu fazer uma experiência com a música Tomorrow Never Knows, invertendo-a. Como gostou do resultado, resolveu comunicar ao resto do grupo. Depois o beatle compôs a música Rain e tinha decidido aplicar a técnica nela também, mas o produtor George Martin não aprovou, e só deixou ser invertido o último verso

Foi por conta do Backmasking que surgiu a lenda do Paul McCartney morto. Algumas gravações ao contrário de canções dos Beatles davam a entender que o baixista da banda tinha morrido e poderiam conter algumas "mensagens ocultas".


I''m So Tired



     * Paul is dead man, miss him, miss him... - Trecho no final da música I'm So Tired
       (Paul é morto, cara; sinta falta dele, sinta falta dele...)


Revolution 9


   
  * Number nine, number nine, number nine... - 
        (número nove, número nove, número nove...)

Essa repetição de números aparece na canção Revolution 9 e na ordem reversa se torna turn me on dead man, turn me on dead man... (excite-me, homem morto; excite-me, homem morto...)

No álbum Sgt Pepper também existem alguns mantras que supostamente podem significar We will fuck you like supermen" (Lhe foderemos como super-homens)


Led Zeppelin - Stairway to Heaven


Invertida, como pode ser visto no vídeo, em inglês, a música diz: Oh, aqui está o meu doce Satanás. Aquele cujo caminho pouco me faria triste, cujo poder é Satan. Ele lhe dará os que com ele 666. Havia uma pequena ferramenta galpão onde ele nos fez sofrer, triste Satanás

Robert Plant negou essa acusação em entrevista: Para mim é muito triste, porque 'Stairway To Heaven' foi escrita com a melhor intenção e colocar ao contrário as fitas e meter mensagens ao final, não é minha forma de fazer música.

Calma, nós não somos satanistas!
Existem vários outros casos de músicas que ganham um significado mais satânico se invertidas, mas a intenção da Comissão do Rock não é criar um terror para contra-indicar essa banda para vocês. Essas atribuições são criadas por grupos religiosos para tentar fazer com que os jovens mantenham a moral e os bons costumes.

Mas nós sabemos que rock não é música "de santo". Existem músicas que possuem seus significados "sujos", que falam de drogas, de tudo o mais, porém isso não quer dizer que quem ouve rock se torna drogado, alcoólatra, viciado em sexo etc. O mesmo erro é dizer que "a mídia manipula". Não é a mídia que manipula e sim as pessoas que se deixam ser influenciadas pelo o que ela diz, pela programação que é exibida. Temos que considerar que cada pessoa tem seus mecanismos de filtragem de informação. Ninguém vai absorver tudo como verdade absoluta. As pessoas tem inteligência o suficiente para discernir o que é certo e errado, o que é verdade ou mentira.


Em breve, teremos mais um post dessa série e nele falaremos sobre outros tipos de Backmasking. Aguardem, iremos "desmascarar" mais músicas!

DMCA.com

Algumas injustiças no Rock e Blues

Postado por Renan Tambarussi terça-feira, 16 de abril de 2013 0 comentários



"Muddy Waters e os Rolling Stones em concerto, together."

  Se você não curte Blues, eu espero sinceramente que um pentagrama de fogo vindo direto de "Doom 3" apareça ao seu lado agora, e com ele um demônio encarnado em um cadáver de bebê te leve para o inferno. Mas que antes disso você possa ler todo o post.

 Brincadeiras à parte, a intenção de hoje é dizer que se não fosse pelos negros, o rock and roll teria se tornado rock mais cedo ainda. Não, eu não quis ser preconceituoso. Na verdade eu quis evidenciar uma período que realmente aconteceu nos Estados Unidos. O período das leis Jim Crow, que começaram nos idos de 1876 até 1965, e que segregavam e limitavam a vida de negros, asiáticos e alguns outros grupos. Nesse contexto nasce o Blues. Obviamente que as origens relatadas são da África, mas não é minha intenção aqui descrever históricamente o desenvolvimento do Blues, mas sim desenvolver uma retórica com base no que li dia desses: "A primeira vez que uma mulher tirou a calcinha e a jogou em um palco foi por causa de um cara negro que cantava blues. Quando uma garota branca jogou sua calcinha no palco, chamaram isso de 'rock'n'roll " Não tenho muita certeza, mas acho que essa colocação foi do Willie Dixon. 

Pegaram? Se não fosse pelos estigmas criados e propagados pelas leis Jim Crow, Chuck Berry seria o Rei do rock e não Elvis Presley, afinal, foi Chuck quem primeiro apresentou aquele material inovador com canções como "Little Queenie" e "Johnny B. Goode". Há também o fato curioso de a banda Beach Boys terem usado uma música de Sr. Berry com uma outra letra. É possível observar em "Surfin' – USA" dos Boys completamente "Sweet Little Sixteen " do Berry. 

Quem seria Rolling Stones no inicio de carreira perto de Muddy Waters? Arrisco ser até mais inconsequente ao dizer que, talvez, nem mudariam o nome para rock n' roll. Já pensaram nisso?

"Ahh vida injusta!"

Até mesmo o Led Zeppelin com "Bring it Home", "The Lemon Song" e "Whole Lotta Love" (esta última foi um plagio de "You Need Love" do Willie Dixon). Bom, o Zeppelin negou todos os plágios, porém, mesmo assim aceitaram pagar os direitos autorais aos devidos autores.

Pode ser que essa estrutura músical finita do Blues e do Rock seja complacente com plágios, uma vez que, em algum momento, não dá pra se inventar muita coisa nova. E a questão de referenciação e influências podem levar ao equivoco de se ter cometido um plágio. Mas não se pode negar o peso que as leis Jim Crow tiveram na determinação do curso dos papéis atribuídos aos nossos antigos ídolos.

Brazilian Bands - Banda Hell Oh!

Postado por Renan Tambarussi quarta-feira, 10 de abril de 2013 0 comentários

A Comissão do Rock trás mais uma banda nova para vocês conhecerem, aqui no nosso Brazilian Bands! A banda desse post é da região serrana do Rio de Janeiro e se chama Hell Oh!



Sobre a banda:

Em agosto de 2011 quatro caras de Nova Friburgo-RJ se juntam para fazer um som. Tudo começou quando Vinicius (guitarra) convidou Maycon (baixo), Tulio (bateria) e Raphael (voz e guitarra) para montar uma banda de garage rock. Nos primeiros ensaios foram criadas algumas músicas e o que era para ser uma banda com um estilo definido acabou virando uma mistura de todas as referências de cada integrante. E assim surge o som do Hell Oh!, onde é possível perceber influências do punk, surf music, do metal stoner, grunge, blues, garage, entre outros. Mas, na dúvida, o melhor é defini-la como uma banda de rock!

O grupo costuma ensaiar na casa do Raphael, em Lumiar, distrito de Nova Friburgo-RJ conhecido por suas belezas naturais e pelo forte movimento artístico, o que levou os quatro a criarem músicas fortes e atuais, além de ser o lugar cativo para a realização de seus shows, sempre convidando alguma banda amiga.

Além deste espaço, o Hell Oh! se apresentou em Niterói por meio dos caras do coletivo Contraponto; em Friburgo, no projeto Santo de Casa, da secretaria municipal de cultura; no Festival Fora do Eixo, com as bandas Autoramas, Folks e O Vazio e também em Rio das Ostras, sua terceira cidade a se apresentar. Em novembro de 2012 foram gravadas cinco músicas no Estúdio Superfuzz, sob a tutela de Gabriel Zander. O grupo acaba de lançar seu primeiro EP.



Palavras da banda:
Somos uma banda recente, porém com uma proposta de um indie rock bem original. Gravamos nosso primeiro material no estudio Superfuzz, com Gabriel Zander (estudio esse que recentemente produziu artistas como BNegão e Autoramas ). Estamos tendo alguns feedbacks muito positivos quanto às composições.


Hell oh! - Way Out 

ENDEREÇOS SOCIAIS:

            


Verdade sobre grandes eventos no Brasil.

Postado por Renan Tambarussi segunda-feira, 8 de abril de 2013 0 comentários


"Lollapalooza aconteceu em um brejo é? Quanto tú pagou nisso?"

   Por falar demais, as vezes alguma asneira sai da nossa boca, e nem ao menos nos damos conta. Eu já não sei se o inverno do meu tempo chegou precocemente e eu venho me tornando cada vez mais ranzinza, ou se de fato grandes eventos no Brasil são uma grande furada.

   Lollapalooza se foi e os incautos jovens padawans (fãs) aguardam agora pelo Rock in Rio. É nesse momento que eu percebo que não ir ao evento me fará mais bem que mal, mesmo com o Black Sabbath, Slayer, e uma penca de outras bandas da qual eu admiro o trabalho confirmados. E porque? Simplesmente pelo fato de eu não querer assistir show pelo telão. Se assim for, minha casa é muito mais confortável, e não estarei sujeito a roubo, empurra-empurra, e fãs retardados. E eu posso falar com a reputação de alguém que já comprou o “rock in rio card” meia entrada nos idos de 2011, e preferiu perder o dinheiro a ir ao evento. Sim, eu fiz isso mesmo!
"-Mestre, mal posso esperar pelo Rock in Rio depois dessa bosta de Lolla!
-Acalme-se jovem padawan. Vai ser a mesma MERDA!"

   A decisão surgiu quando comecei a comparar antigos grandes eventos que já aconteceram com os atuais, e me parece que nenhuma foge do padrão. Filas imensa pra se fazer qualquer tipo de coisa. Tem fila até pra espirrar. Arrastões. Cerveja quente, comida não identificável. Além do fato de você estar cercado por milhares de pessoas longe de civilizadas. E o pior embuste de todos, que é se utilizar do nome das boas bandas que fazem boas apresentações para dizer que o evento foi bem organizado. Não. Ainda prefiro o sofá de casa. Megaeventos, pelo menos aqui no Brasil, ainda não funcionam.

   Posso estar sendo muito exigente, porém, nada melhor que observar de perto os dedos de seus ídolos percorrendo o braço da guitarra. Ver de perto cada toque da baqueta na pele dos tons, caixa e pratos de uma bateria. Aqueles perdigotos sutis do vocalista que sem querer vem na sua cara. E eu não estou falando de showzinho de bandinha cover.

   É nesse momento que vocês me perguntariam: “Poxa. Então quando é que você terá a oportunidade de... sei lá... ver Metallica tão perto assim como você disse?” Ora, maganão. Nunca terei. Porém eu deixo a histeria pra fãs patetas, e me recuso assistir pelo telão a apresentação desses caras. Sou apenas um admirador do trabalho das bandas que eu gosto, e isso significa que por mais que eu goste do som que alguém produz, não venderia minha alma ao diabo por uma palheta ou baqueta jogados pra mim em um show.

   “Então você quer dizer que é melhor eu não ir?” Não! Vá sim. Principalmente se você for marinheiro de primeira viajem e ainda possui o inocente espírito jovem que deseja explorar the dark side of the gigs. Vá a quantos puder, e vá percebendo padrões e vá se cansando... e seja menos fã!

roquenrou FAIL - Smells Like 'Chavo' Spirit

Postado por Renan Tambarussi sábado, 6 de abril de 2013 0 comentários

Fim de semana é para se divertir! Por isso a Comissão do Rock trouxe mais um vídeo divertido para o quadro roquenrou FAIL. E no post desse sábado, temos a turma do Chaves interpretando Smells Like Teen Spirit do Nirvana

Madruga Cobain, Chaves Grohl e Quico Novoselic


Clipe da Semana Interativo

Postado por Renan Tambarussi sexta-feira, 5 de abril de 2013 0 comentários



Clipe da Semana Interativo está de volta com mais videoclipes de ótima qualidade indicados pelos nossos seguidores. 

A música do primeiro clipe se chama Chapter One: No More, da banda Against Tolerance que foi indicado pelo colaborador Germano Roberto.



O próximo clipe é da banda de rock alternativo Goo Goo Dolls. A música, escolhida por Gilberto Andrade é a Long Way Down.



A última sugestão de música foi feita pelo nosso ex-colaborador Lucas Borghetti; e assim, fechamos o Clipe da Semana Interativo de hoje, com o vídeo da música Te Amo, O Que Mais Posso Dizer (ou ou ei ei), do cantor pernambucano Ovelha.




Quer participar também? Entre no grupo da Comissão do Rock no Facebook e mande um vídeo para a gente com o título Clipe da Semana Interativo.

A velha fórmula sempre repetida

Postado por Renan Tambarussi quinta-feira, 4 de abril de 2013 0 comentários

Nosso colunista Neander Mathias já fez vários posts analisando minunciosamente o panorama dos cenários musicais da atualidade e eu, neste post, venho reforçar o debate mostrando como a falta de criatividade afetou o cenário musical dos tempos atuais. Hoje tem muitas bandas que lembram outras bandas, muitos casos de plágios musicais e muitos músicos usam as influências musicais do grupo para justificarem suas atitudes.

Paul - 'Well', chega de jornal por hoje!
John - Temos que morrer logo, George!

Porém eu não estou querendo dizer que as bandas não deveriam ser influenciadas por outras precedentes. Se defendesse isso, não teria criado esse blog, até porque a diversidade do rock se construiu através da continuidade que os estilos musicais tiveram. O blues, (saiba mais clicando aqui) por exemplo, é um dos mais antigos estilos musicais que deram origem ao rock, e até os tempos atuais tem sobrevivido, seja reproduzindo grandes sucessos antigos, seja com as novas composições... a história desse gênero persiste assim como outros estilos musicais, como o punk, o metal e seus derivados, o hard rock, entre outros. Mas influência musical é uma coisa, repetir estilo é outra.

Nas últimas décadas, se a gente observar bem, a música ficou bem estereotipada. Os "novos" grupos que surgem, em sua maioria, tem preferido repetir as mesmas fórmulas que tiveram sucesso nas décadas anteriores, em tempos áureos do rock. No pop também não é muito diferente. O que tem de cantora nova surgindo, tentando imitar o modelo Madonna de fazer música... é uma coisa absurda! Pouca coisa nova foi acrescentada ao cenário musical recente e o rock tem vivido muito do passado.

Quando comecei a escrever esse post, tinha começado a ler um livro muito interessante chamado Ética na Comunicação, e por coincidência,  um dos autores falava dessa falta de originalidade atual, no primeiro capítulo. Segundo Emmanuel Carneiro Leão, a sociedade atual está vivendo uma grande crise da ética em tempos em que as pessoas se acham no direito de se colocar na posição de vítima, sentindo-se injustiçados quando tomam alguma atitude reprovável. A sensação é a de que praticamente perderam-se todos os limites, já que por mais que as atitudes sejam erradas, não há a culpa do autor, pois é tudo permitido hoje em dia. As leis tem brechas e os indivíduos acham que são livres e estão acima de tudo.

Um dos fatores que o autor utiliza como justificativa, que até é válida, é que com o progresso da técnica, com o avanço da tecnologia, a ética fica enfraquecida. Podemos comprovar isso porque já vimos barbaridades dos mais diversos tipos de intensidade ocorrerem pelos ambientes digitais. Um exemplo disso é que quando alguém resolve criar uma tecnologia inovadora, a gente gente pensa o pior também, não é? "- Ah, isso pode ser bom porque vai melhorar tal aspecto, mas também pode dar brechas para as pessoas se aproveitarem negativamente".

Com relação à situação dos plágios musicais, que nós costumamos relatar também em nosso quadro Coincidências Musicais, essa prática tem se tornado comum porque a sociedade tem se massificado cada vez mais. E o grande erro que muitos músicos comentem, às vezes até inconscientemente, é repetir um mesmo padrão musical que já existe. Mas também tem as bandas mais comerciais, muitas do pop rock que não tem nada a perder e resolvem compor músicas para determinados grupinhos sociais. E essas bandas apesar de terem composições tecnicamente fracas, realizam um investimento massivo para fazer a famosa lavagem cerebral no público. Dessa forma surgem os fãs acéfalos que o Neander citou nos posts da sessão Todo fã é um pateta.

Realmente falta muita originalidade para o cenário musical atual e hoje em dia a ideia de trabalhar para a massa já está começando a perder a força, pois inclusive no ambiente publicitário passou-se a valorizar mais o indivíduo em detrimento da massa. Na música isso também deve ser levado em consideração e para que o rock siga evoluindo, é necessário um conhecimento bom da técnica, fazer boas composições (e não copiar!) e procurar inovar cada vez mais ao invés de ficar preso nos mesmos estilos musicais

Rock também se aprende!

Novo álbum do U2

Postado por Renan Tambarussi terça-feira, 2 de abril de 2013 0 comentários



“Ten Reasons To Exist” é o nome do novo álbum da banda irlandesa, que seria uma homenagem aos 36 anos de U2. Apesar de o próprio Bono afirmar que esse será o título, muitos fãs não acreditam. A obra ser concluída no fim do ano, segundo o baixista da banda, Adam Clayton.

Uma suposta foto da capa foi divulgada ontem pelo site U2 PlaceSe isso procede ou nada mais é que uma brincadeira de 1º de abril, não sabemos. Mas, particularmente, gostei muito da imagem. Ela seria uma arte do pintor irlandês Louis Le Brocquy, intitulada “Army Massing”, de 1969. De acordo com os fãs italianos, uma fonte da gráfica teria passado a informação.


Costumo dizer que o U2 é do tipo de banda que gera sentimentos extremos em quem ouve: ou amam ou odeiam. Independente da data de lançamento, os fãs podem esperar muita coisa boa, inclusive uma passagem dos músicos pelo Brasil. A banda e sinônimo de especulações, mas sabemos que ao menos uma apresentação em terras tupiniquins é algo bem provável.  

A última vez em que os Irlandeses se apresentaram no país foi no estado de São Paulo, em 2011, com a 360 Tour, que arrastou multidões dos quarto cantos do Brasil para a terra da garoa.


Rock and Roll pra todo momento (Autoconhecimento)

Postado por Renan Tambarussi segunda-feira, 1 de abril de 2013 2 comentários




   Estar chateado, estar alegre, estar eufórico ou em qualquer outro estado é motivo para se ouvir música. Sabe aquele maldito dia onde as coisas todas dão errado desde o café da manhã com um gosto amargo, passando pelo chefe te cobrando no trabalho, até o fim da tarde quando seu(a) namorado(a) termina com você? É um ótimo motivo pra desenterrar aquela playlist para momentos difíceis, negros e insuportáveis, e ficar nela até o Diazepam fazer efeito.

   E porque diabos coisas como “Nutshell” do Alice in Chains em alguns momentos podem apresentar um poder de cura incrível? Ou “Blue Sunday” dos Doors te transportar ao seu passado e te fazer reviver coisas tão intensas? Ouvir Texas Hippie Coalition em uma bebedeira para evitar bater em alguém. Muitos como eu devem gostar é de ficar horas ouvindo Legião Urbana, que pra mim é coisa séria, e não tem nada a ver com os clichês “Será”, “Eu sei”, “Faroeste Caboclo” e uma série de outros hit-parade que não chegam aos pés de outras músicas menos conhecidas.

 Estive pensando, e para além disso, estudando este fenômeno. Está tudo ligado ao AUTOCONHECIMENTO! É o papel da música, mas também da poesia, dos romances literários. Em certa proporção, nos educam para compreendermos melhor as situações e os sentimentos humanos.

Autoconhecimento...

   Não atribuímos genialidade aos grandes mestres do rock, ou dos livros atoa. Eles são pessoas muito hábeis com o “tatear contingências” bastante sutis como sentimentos e dilemas existenciais. E de quebra ainda nos ensinam esse tatear toda vez que colocamos pra rodar “Andrea Doria” ou “Rollin” no player. Talvez, sem termos ouvido determinada música, nem pensaríamos em conceitos que hoje manuseamos para nos curar, ou nos sentirmos alegres ou seja lá o qual for o seu momento.

  Posso apenas imaginar a dor de Robert Plant ao perder seu filho e compor "All my love". Em termos de perda, ele teve que lidar com o fardo antes de muitas pessoas usarem o "tatear" dele depois de terem ouvido a música.

   Ontem eu estava triste, mas hoje eu coloco na minha playlist um som agradável e que não me faça chorar. Viva os motherfuckers do Judas Priest.

   E copiando o digníssimo Adriano Falabella: “rock and roll é pra quem merece!”

Seguidores

Tecnologia do Blogger.

Arquivo do blog

image
image

Friends

Resources

Photo Gallery