
O VHS de lançamento, “Metallica: 2 of One”, de 1989, continha as duas versões do clipe e uma entrevista de cinco minutos com Lars Ulrich, dizendo que o objetivo de James Hetfield, ao compôr a música, era mostrar um ser humano vivendo em total isolamento — uma mente sadia, aprisionada dentro de seu corpo, sem possibilidade de comunicação com o mundo exterior. Vale a pena abrir aqui um parênteses que nos permitirá navegar um pouco no oceano da Filosofia.

Que tal um blues nesse final de domingo? Trazemos em nossa publicação uma excelente música do gênero, criada pelo compositor Rudy Toombs, cantado por Little Willie John e regravado por Jack White. I'm Shakin'... esse é o nosso Clipe da Semana!
Ao longo desse mês, nós temos recebido vários pedidos de bandas para serem divulgadas aqui no Brazilian Bands, dessa forma nosso quadro anda bem rechado de boas novidades. Hoje não vai ser diferente! Temos mais uma banda que entrará para o histórico do Brazilian Bands. É a banda Loks
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Vocês não sabem? Conheçam um pouco agora! |
A banda Lóks surgiu em 2012 e é mais uma banda carioca a colocar sua marca aqui na Comissão do Rock, que tem presença marcada no cenário independente da região. Isso porque a banda já lançou o seu primeiro EP, que tem esse título mesmo que vocês viram na imagem: Quem São Eles Que Você Diz Não Saber Quem São?
A banda é formada pelos integrantes Daniel Exposto (baixo e vocais), Rodrigo Sampaio (guitarras e vocais), Daniel "Tsunami" Aragão (bateria) e Lucas Knup (guitarras). Juntos eles apresentam um som "que carrega o lirismo britânico com o peso do alternativo americano", através de suas influências versáteis, transitando entre composições diretas e subjetivas.
Essa descrição pode parecer meio complicada de se mensurar, mas música a gente só entende quando ouve. Então vejam como a banda se comporta na prática, ouvindo a faixa a seguir:
ENDEREÇOS SOCIAIS
Reza a lenda, que existe uma porção de músicas que, se ouvidas de trás para a frente, apresentam algumas "mensagens subliminares". Neste post e em outras edições do quadro Segredos Musicais, mostraremos alguns casos famosos de músicas que se destacaram por apresentarem uma mensagem escondida. Também iremos explicar como funciona essa arte chamada Backmasking
O Backmasking (...) é uma técnica sonora a qual, antes da era digital, os sons eram gravados normalmente enquanto a fita a ser gravada (i.e somente as específicas faixas gravadas para este efeito, em um gravador de multi-canais) corria ao contrário na direção (normal) da "cabeça" do gravador, sendo fisicamente editada, depois, para ser unida (cortada e colada) e tocada normalmente ao contrário, junto as outras faixas da música que correm na direção normal. Com gravadores modernos, digitais, o processo é facilitado, sem precisar cortar e colar a fita junto a outras. Tudo é feito digitalmente
Os Beatles foram a banda que ajudaram a popularizar o Backmasking, na década de 50. John Lennon resolveu fazer uma experiência com a música Tomorrow Never Knows, invertendo-a. Como gostou do resultado, resolveu comunicar ao resto do grupo. Depois o beatle compôs a música Rain e tinha decidido aplicar a técnica nela também, mas o produtor George Martin não aprovou, e só deixou ser invertido o último verso
Foi por conta do Backmasking que surgiu a lenda do Paul McCartney morto. Algumas gravações ao contrário de canções dos Beatles davam a entender que o baixista da banda tinha morrido e poderiam conter algumas "mensagens ocultas".
Essa repetição de números aparece na canção Revolution 9 e na ordem reversa se torna turn me on dead man, turn me on dead man... (excite-me, homem morto; excite-me, homem morto...)
No álbum Sgt Pepper também existem alguns mantras que supostamente podem significar We will fuck you like supermen" (Lhe foderemos como super-homens)
Invertida, como pode ser visto no vídeo, em inglês, a música diz: Oh, aqui está o meu doce Satanás. Aquele cujo caminho pouco me faria triste, cujo poder é Satan. Ele lhe dará os que com ele 666. Havia uma pequena ferramenta galpão onde ele nos fez sofrer, triste Satanás
Robert Plant negou essa acusação em entrevista: Para mim é muito triste, porque 'Stairway To Heaven' foi escrita com a melhor intenção e colocar ao contrário as fitas e meter mensagens ao final, não é minha forma de fazer música.
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Calma, nós não somos satanistas! |
Mas nós sabemos que rock não é música "de santo". Existem músicas que possuem seus significados "sujos", que falam de drogas, de tudo o mais, porém isso não quer dizer que quem ouve rock se torna drogado, alcoólatra, viciado em sexo etc. O mesmo erro é dizer que "a mídia manipula". Não é a mídia que manipula e sim as pessoas que se deixam ser influenciadas pelo o que ela diz, pela programação que é exibida. Temos que considerar que cada pessoa tem seus mecanismos de filtragem de informação. Ninguém vai absorver tudo como verdade absoluta. As pessoas tem inteligência o suficiente para discernir o que é certo e errado, o que é verdade ou mentira.
Em breve, teremos mais um post dessa série e nele falaremos sobre outros tipos de Backmasking. Aguardem, iremos "desmascarar" mais músicas!

Pode ser que essa estrutura músical finita do Blues e do Rock seja complacente com plágios, uma vez que, em algum momento, não dá pra se inventar muita coisa nova. E a questão de referenciação e influências podem levar ao equivoco de se ter cometido um plágio. Mas não se pode negar o peso que as leis Jim Crow tiveram na determinação do curso dos papéis atribuídos aos nossos antigos ídolos.
A Comissão do Rock trás mais uma banda nova para vocês conhecerem, aqui no nosso Brazilian Bands! A banda desse post é da região serrana do Rio de Janeiro e se chama Hell Oh!
Em agosto de 2011 quatro caras de Nova Friburgo-RJ se juntam para fazer um som. Tudo começou quando Vinicius (guitarra) convidou Maycon (baixo), Tulio (bateria) e Raphael (voz e guitarra) para montar uma banda de garage rock. Nos primeiros ensaios foram criadas algumas músicas e o que era para ser uma banda com um estilo definido acabou virando uma mistura de todas as referências de cada integrante. E assim surge o som do Hell Oh!, onde é possível perceber influências do punk, surf music, do metal stoner, grunge, blues, garage, entre outros. Mas, na dúvida, o melhor é defini-la como uma banda de rock!
O grupo costuma ensaiar na casa do Raphael, em Lumiar, distrito de Nova Friburgo-RJ conhecido por suas belezas naturais e pelo forte movimento artístico, o que levou os quatro a criarem músicas fortes e atuais, além de ser o lugar cativo para a realização de seus shows, sempre convidando alguma banda amiga.
Além deste espaço, o Hell Oh! se apresentou em Niterói por meio dos caras do coletivo Contraponto; em Friburgo, no projeto Santo de Casa, da secretaria municipal de cultura; no Festival Fora do Eixo, com as bandas Autoramas, Folks e O Vazio e também em Rio das Ostras, sua terceira cidade a se apresentar. Em novembro de 2012 foram gravadas cinco músicas no Estúdio Superfuzz, sob a tutela de Gabriel Zander. O grupo acaba de lançar seu primeiro EP.

Palavras da banda: |
Nosso colunista Neander Mathias já fez vários posts analisando minunciosamente o panorama dos cenários musicais da atualidade e eu, neste post, venho reforçar o debate mostrando como a falta de criatividade afetou o cenário musical dos tempos atuais. Hoje tem muitas bandas que lembram outras bandas, muitos casos de plágios musicais e muitos músicos usam as influências musicais do grupo para justificarem suas atitudes.
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Paul - 'Well', chega de jornal por hoje! John - Temos que morrer logo, George! |
Porém eu não estou querendo dizer que as bandas não deveriam ser influenciadas por outras precedentes. Se defendesse isso, não teria criado esse blog, até porque a diversidade do rock se construiu através da continuidade que os estilos musicais tiveram. O blues, (saiba mais clicando aqui) por exemplo, é um dos mais antigos estilos musicais que deram origem ao rock, e até os tempos atuais tem sobrevivido, seja reproduzindo grandes sucessos antigos, seja com as novas composições... a história desse gênero persiste assim como outros estilos musicais, como o punk, o metal e seus derivados, o hard rock, entre outros. Mas influência musical é uma coisa, repetir estilo é outra.
Nas últimas décadas, se a gente observar bem, a música ficou bem estereotipada. Os "novos" grupos que surgem, em sua maioria, tem preferido repetir as mesmas fórmulas que tiveram sucesso nas décadas anteriores, em tempos áureos do rock. No pop também não é muito diferente. O que tem de cantora nova surgindo, tentando imitar o modelo Madonna de fazer música... é uma coisa absurda! Pouca coisa nova foi acrescentada ao cenário musical recente e o rock tem vivido muito do passado.
Quando comecei a escrever esse post, tinha começado a ler um livro muito interessante chamado Ética na Comunicação, e por coincidência, um dos autores falava dessa falta de originalidade atual, no primeiro capítulo. Segundo Emmanuel Carneiro Leão, a sociedade atual está vivendo uma grande crise da ética em tempos em que as pessoas se acham no direito de se colocar na posição de vítima, sentindo-se injustiçados quando tomam alguma atitude reprovável. A sensação é a de que praticamente perderam-se todos os limites, já que por mais que as atitudes sejam erradas, não há a culpa do autor, pois é tudo permitido hoje em dia. As leis tem brechas e os indivíduos acham que são livres e estão acima de tudo.
Um dos fatores que o autor utiliza como justificativa, que até é válida, é que com o progresso da técnica, com o avanço da tecnologia, a ética fica enfraquecida. Podemos comprovar isso porque já vimos barbaridades dos mais diversos tipos de intensidade ocorrerem pelos ambientes digitais. Um exemplo disso é que quando alguém resolve criar uma tecnologia inovadora, a gente gente pensa o pior também, não é? "- Ah, isso pode ser bom porque vai melhorar tal aspecto, mas também pode dar brechas para as pessoas se aproveitarem negativamente".
Com relação à situação dos plágios musicais, que nós costumamos relatar também em nosso quadro Coincidências Musicais, essa prática tem se tornado comum porque a sociedade tem se massificado cada vez mais. E o grande erro que muitos músicos comentem, às vezes até inconscientemente, é repetir um mesmo padrão musical que já existe. Mas também tem as bandas mais comerciais, muitas do pop rock que não tem nada a perder e resolvem compor músicas para determinados grupinhos sociais. E essas bandas apesar de terem composições tecnicamente fracas, realizam um investimento massivo para fazer a famosa lavagem cerebral no público. Dessa forma surgem os fãs acéfalos que o Neander citou nos posts da sessão Todo fã é um pateta.
Realmente falta muita originalidade para o cenário musical atual e hoje em dia a ideia de trabalhar para a massa já está começando a perder a força, pois inclusive no ambiente publicitário passou-se a valorizar mais o indivíduo em detrimento da massa. Na música isso também deve ser levado em consideração e para que o rock siga evoluindo, é necessário um conhecimento bom da técnica, fazer boas composições (e não copiar!) e procurar inovar cada vez mais ao invés de ficar preso nos mesmos estilos musicais
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Rock também se aprende! |
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